quinta-feira, 18 de abril de 2013


Intervenção no banco BVA é prorrogada por três meses pelo BC


O BC (Banco Central) anunciou nesta quinta-feira (18) a prorrogação, por três meses, da intervenção no banco BVA. A autorização foi assinada pelo presidente da autoridade monetária brasileira, Alexandre Tombini.
Decretada em outubro do ano passado em meio à deterioração da situação financeira do banco, violação de legislação e necessidade de aporte de R$ 1 bilhão para recompor seu patrimônio, a intervenção acabaria amanhã.
Mas o empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa, pediu ao BC mais tempo para negociar com os credores do banco.
Um dos maiores credores do BVA, Oliveira Andrade tem cerca de R$ 500 milhões a receber do banco. Na tentativa de recuperar o dinheiro investido, o empresário pretende assumir o controle da instituição, a partir de uma negociação com os demais credores.
"Como precisamos ainda da adesão de cerca de uma dúzia de credores, achamos por bem pedir mais tempo ao Banco Central", afirmou Eduardo Garcia, assessor direto de Oliveira Andrade, ontem. "Esses credores não nos disseram não. Só não enviaram os documentos".

PROPOSTA
De um total de R$ 900 milhões que estão sendo renegociados, o grupo Caoa ainda precisa da adesão de credores que possuem pouco mais de R$ 200 milhões.
Oliveira Andrade oferece pagar à vista 35% daquilo que o banco deve e colocar em um fundo créditos de difícil recuperação que o banco tem em seu balanço. Caso venham a ser pagos, esses recursos serão divididos com os credores.
O empresário tenta há meses a aceitação de 90% a 95% dos credores para sua proposta. Até a semana passada, havia obtido a aprovação de apenas 83%, segundo uma fonte próxima do grupo.

18/04/2013 09h53
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS